quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vazios...

Você já parou para analisar o quanto nossas vidas são feitas de vazios? Que por diversas e inúmeras vezes somos pegos de surpresas e acabamos caindo em algum desses vazios existênciais. Assim não é diferente, cada um passa pela estrada da vida, fugindo desses vazios que tanto nos ensinam, mas que muitas vezes também podem nos fazer mal.

Assim cheguei em mais um vazio ... quando você percebe que muitas coisas não fazem mais sentido na sua vida. Quando se perde alguém que pra você sempre foi muito importante, o que lhe resta? O VAZIO impreenchível. Vazio este que precisa ser tapado. Precisa ser preenchido de coisas boas.

Não é comum encontrar pessoas tristes, depressivas, amarguradas, porque não conseguem ou não querem que esses vazios de suas vidas sejam tapados, e com isso acabam entrando no elo vicioso de sofrimento que não faz ninguém evoluir.

Cair é bom, pois nos fortalece o equilíbrio. A dor nos mostra o quanto somos resistentes. A saudade nos lembra que somos vivos. A tristeza nos ensina que é hora de buscar novos rumos.

O sol nasce e se põe no mesmo horizonte, ora que serve como anúncio de algo totalmente novo, ora serve para anunciar o fim de mais um dia. Assim nossa jornada é diária, é um ciclo como o sol. 

Precisamos saber que a cada amanhecer recebemos novas fontes de energia, para que sejam gastas no decorrer do dia. Ao final, precisamos nos recompor.

Esquecer que nossa vida é composta de inúmeros sentimentos é negar que o ser humano é complexo demais para que alguém possa definir o que é, o que se sente, o que se deseja.

Ninguém sabe o que nosso consciente controla muito menos o nosso inconsciente, de tal modo que quando notamos, nos vemos diante de questões, dúvidas, vazios e que de alguma forma queremos ter uma resposta. Precisamos de um novo caminho. Novo desafio.

Viver sem ter a certeza do que se quer, não é o correto. Não consigo viver aquilo que não sou, aquilo que não acredito. Não consigo driblar meu intelecto para que eu possa mentir pra mim mesmo. Preciso da verdade. Quero e sempre vou percorrer atrás dessa verdade e mesmo que num primeiro momento não seja a mais fácil, só tenho a certeza que essa é a minha verdade. Esse é o tampão do meu vazio.

Meu corpo ressoa no vazio que se abriu em mim. Minha alma sangra nas incertezas. Meu coração chora por quem não sabe mais. Minha mente me diz, você está vivo e precisa viver, mas será realmente que temos que viver?

Ou será que algo melhor nos espera? Quero minha verdade e essa verdade me liberta. Quero estar livre das coisas que me prendem e me tornam escravo de mim mesmo. Grito por socorro porque minha alma clama por um simples gesto de caridade.

Tudo isso, porque você descobre que o amor, quando fora do seu recipiente pode envenenar e corroer. Descobri tarde demais que meu frasco do amor estava trincado e só me resta morrer desse veneno que já tomou conta de mim...